sábado, 2 de janeiro de 2010

Novo plano de estudos

O Ministério da Educação quer fazer alterações no plano de estudos do ensino básico e vai mexer no número de disciplinas para que haja uma maior articulação das áreas curriculares. O número de horas também vai sofrer mudanças, revelou a ministra Isabel Alçada na abertura do seminário O impacto das avaliações internacionais nos sistemas educativos, no Conselho Nacional de Educação (CNE), ontem, em Lisboa.
Isabel Alçada está preocupada com o trabalho na sala de aula. Além das competências básicas na área da leitura, escrita, Matemática e Ciências, também as Tecnologias de Informação e Comunicação são consideradas essenciais, avançou a ministra, acrescentando que a tutela está a dar grande atenção ao currículo, de maneira a resolver problemas e promover melhores resultados escolares.
Além do "ajustamento do plano de estudos" para o básico, outra das acções prioritárias é estabelecer metas de competências para cada ano de escolaridade - esta foi a primeira medida anunciada por Alçada. Esta é também uma das medidas que a maior parte dos países com bons resultados no estudo PISA (que avalia a literacia na língua materna, Matemática e Ciências dos alunos do 15 anos dos países da OCDE) já adoptou, revela o estudo Opções educativas sectoriais de alguns países integrados no PISA, coordenado por Glória Ramalho e encomendado pelo CNE, ontem apresentado.
O estudo mostra as opções educativas de seis países bem posicionados no PISA (Austrália, Canadá, Finlândia, Japão, Reino Unido e Irlanda) e da vizinha Espanha, escolhida pela proximidade. O objectivo não é "copiar", mas a comparação pode servir de inspiração para que se mudem algumas práticas, defende Ana Maria Bettencourt, presidente do CNE.
Para Isabel Alçada, os estudos internacionais permitem "clarificar a situação de Portugal face aos seus parceiros" e "criar um padrão que permita apreciar se o sistema educativo nacional está a ser desenvolvido de forma correcta".
Andreas Schleicher, da OCDE, considera que, por vezes, não é preciso gastar mais dinheiro para ter melhor educação. Os países bem colocados têm currículos claros, metas estabelecidas, bons professores e escolas com autonomia, mas também têm avaliação, conclui.
Retirado de "incluso"

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