sábado, 6 de outubro de 2012

Tentar esquecer!

Uma, duas, três tentativas... O esforço é tanto! É visível a marca que o lápis deixa no papel... Mas, o M de mãe não entra na cabeça! Também não está marcado no coração... Mãe...M de mãe...palavra vazia...mas que faz sofrer...deixa no ar algo que não consegue explicar...faz doer! E colo? Como se escreve, como se lê?... Tem o som de aconchego... E saudades? Tem letras que cheguem para me fazer chorar? É que enquanto a dor não passar...dificilmente vou conseguir pensar!
E, depois de uma longa pausa, o regresso. É bom escrever. A escrita coloca-nos numa perspectiva diferente,a reflexão é mais apurada.
Escrevo para registar o que vai ficando tatuado em mim. E o percurso dos alunos com necessidades educativas especiais marca. A luta diária, o desafio permanente para conseguir encontrar uma "metodologia" que resulte com cada um deles, o tempo que se escoa por entre os dedos...o recomeçar a cada instante...a incerteza do percurso... No meio destas interrogações há, no entanto, uma certeza... estes alunos devem poder continuar na escola, devem frequentar os mesmos espaços, viver as mesmas experiências que as crianças e jovens da sua idade. O ritmo é que é diferente...apenas.