sábado, 19 de dezembro de 2009

Neurociência, Cognição e Dislexia...

Os relatos teóricos e pesquisas experimentais no campo da Neurociência, Psicologia Cognitiva e Linguística Clínica trazem, nos últimos cinco anos, conclusões importantes para os que actuam, no campo escolar, com crianças disléxicas, disgráficas e disortográficas.
Em Dislexias: descrição, avaliação, explicação, tratamento (Artes Médicas, 2001), Anne Van Hout e Françoise Estienne afirmam que, graças aos progressos das neurociências, os investigadores dos modelos de leitura e da sua aquisição, desenvolvimento e dificuldades, recomendam o uso do termo dislexia no plural, ou seja dislexias, uma vez que os dados recentes exploratórios da dislexia e disfunções correlatas(disgrafia, disortografia) indicam muitas causas e manifestações bem como no agrupamento dos sintomas dislexiológicos.
São três os princípios psicolinguísticos para os profissionais que atuam com as crianças com dificuldades específicas na linguagem escrita.
1ºPrincípio – Desenvolvimento da Consciência fonológica
O desenvolvimento da consciência fonológica explica a maior parte dos casos de dislexia, disgrafia e disortografia.
Os profissionais que actuam com disléxicos, disgráficos e disortográficos precisam ter claramente, nos planos de avaliação e intervenção a fonologia e fonêmica.
A fonologia deve ser entendida pelos profissionais como estudo dos sons da linguagem humana; estuda os fonemas do ponto de vista de sua função na língua.
Segundo Theodore L. Harris e Richard E. Hodges, em seu Dicionário de Alfabetização, Vocabulário de Leitura e Escrita (Artes Médicas, 1999), falamos em consciência fonológica quando há consciencialização dos sons constituintes das palavras durante a aprendizagem de leitura e da soletração/grafia.
Para estes autores:
Os componentes das palavras podem ser diferenciados de três maneiras:
(1) por sílabas, como /leis/, em que a palavra tem, como observamos, apenas uma sílaba.
(A definição de sílaba é fonética: uma vogal ou um grupo de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz, e que, sozinhos ou reunidos a outros, formam as palavras. Unidade fonética fundamental, acima do som).
(2) Dentro da sílaba, por onsets e rimas, como /l/ e /leis/.
Na língua portuguesa, a palavra onset pode ser traduzida por ataque. O ataque é foneticamente definido como movimento das cordas vocais ao se posicionarem para realizar as articulações vocálicas.
O ataque pode ser duro (glotalizado), com as cordas vocais cerradas e abertura repentina para a passagem do ar (como no alemão), ou suave e gradual, em que as cordas vocais se põem imediatamente em posição de vibração (como nas línguas românicas).
Ou seja, o ataque da sílaba é a parte inicial da sílaba constituída por uma ou mais consoantes, que antecedem o núcleo da sílaba. Nos casos em que não existe ataque, diz-se que a sílaba em questão possui um ataque vazio.
Mais exemplos: Na palavra "pai", constituída por uma única sílaba, a oclusiva bilabial surda /p/ ocupa a posição de ataque.
A Rima da sílaba é considerado um constituinte silábico formado pelo núcleo (obrigatório) e pela coda (não obrigatória) de uma sílaba.
Exemplos: Na palavra "mal", constituída por uma única sílaba, a rima da sílaba corresponde à sequência de vogal e de consoante lateral: /al/.
(3) Por fonema, como /l/, /e/, /y/ e /s/.
Fonema: categoria fonética fundamental para a compreensão da consciência fonológica, é unidade mínima das línguas naturais no nível fonêmico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes), porém ele próprio não possui significado (p.ex., em português as palavras faca e vaca distinguem-se apenas pelos primeiros fonemas/f/ e/v/).
O fonema não se confunde inteiramente com as letras dos alfabetos, porque estas frequentemente apresentam imperfeições e não são uma representação exacta do inventário de fonemas de uma língua.
2º Princípio – Desenvolvimento da Consciência fonêmica/ fonológica:
A noção de fonêmica é necessária no programa de intervenção psicopedagógica e é definida como o ramo da análise linguística que estuda a estrutura de uma língua no que se relaciona aos fonemas segmentais e sua distribuição na cadeia fônica.
Segundo Theodore L. Harris e Richard E. Hodges, em seu Dicionário de Alfabetização: vocabulário de leitura e escrita (Artes Médicas, 1999), a consciência fonêmica é o dar-se conta dos sons(fonemas) que formam as palavras faladas.
Esta conscientização não aparece quando as crianças pequenas aprendem a falar. Esta capacidade não é necessária para falar e entender a língua(gem) falada. Todavia, a consciência fonêmica é importante no aprendizado da lectoescrita (leitura, escrita e ortografia).
3º Princípio – Desenvolvimento da sensibilização às rimas

Os modelos de intervenção psicopedagógica devem treinar as dificuldades dos disléxicos, disgráficos e disortográficos no tocante à sensibilização às rimas.
Por rima, podemos entender, a reiteração de sons (vocais, consonantais ou combinados) iguais ou similares, em uma ou mais sílabas, geralmente, acentuadas, que ocorrem em intervalos determinados e reconhecíveis. É um apoio fonético recorrente, entre dois ou mais versos, que consiste na reiteração total ou parcial do segmento fonético final de um verso a partir da última tônica, com igual ocorrência no meio ou no fim de outro verso ou ainda a repetição de um som em mais de uma palavra de um mesmo verso (ex.: um canto santo de tão raro amor).
Existem muitas obras que actuam directamente na consciência fonológica e fonêmica de leitores disléxicos, disgráficos e disortográficos. Um bom exemplo é o livro de Denise Godoy, sob o título A Língua Travada: consonâncias em verso e prosa.
A autora apresenta textos que devem ser lidos preferencialmente em voz alta em razão do objectivo que se pretende trabalhar.
Pode ser utilizado em actividades de intervenção.
Vejamos o poema abaixo , de Denise Godoy, pronto para ser trabalhado com disléxicos que trocam as consoantes oclusivas /p/, /b/ e /m/
PROCURA
Procurei a poesia do poema

Na beira do ribeirãoPequeno,

que lambe as bordas

Da mata do jatobá.


Busquei a beleza do mundo

Nos braços que embalavam um bebê,

Na música misteriosa dos amantes

E no murmúrio embaralhado das palavras.
Perdida na procura,

Descobri, no mundo, a paixão,

Na paixão, a beleza do poema,

E na beleza do poema,

A POESIA.

(Godoy, Denise. A Língua Travada: consonâncias em verso e prosa. Goiânia: Cânone Editorial, 2004. p.15)


E agora, um poema para o trabalho, em sala de aula, para disléxicos que trocam as consoantes oclusivas /t/ e /d/

DÁDIVA

Tem Dias em que tudo é descanso.

Tem tardes douradas

Em que o Cristalino teima em mostrar

Que ali a natureza é dádiva

E deslumbramento.

Tem noites em que a luminosidade

De estrelas já desaparecidas, insiste

Em entrar na retina.
Tem dias, tem tardes, tem noites.

Tem o verde, o horizonte,

A trilha, a mata.

Tem deuses a nos dizer,

Que a vida é dádiva, é dor, é dúvida

E histórias a nos contar

Que a vida é mistério, festa e fantasia.


(Godoy, Denise. A Língua Travada: consonâncias em verso e prosa. Goiânia: Cânone Editorial, 2004. p.18)

É importante salientar que, a aliteração e assonância favorecem a consciência fonológica e fonêmica durante a alfabetização em leitura para disléxicos, disgráficos e disortográficos.
No campo da literatura, entendemos aliteração como a repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase ou verso, visando obter efeito estilístico na prosa poética e na poesia.
Exemplo de aliteração: rápido, o raio risca o céu e ribomba. A aliteração ocorre, em geral, em 'rima inicial, repetição, no início de duas ou mais palavras vizinhas, das mesmas letras ou sílabas, geralmente, para fins expressivos, poéticos ou literários.
A assonância, por sua vez, desenvolve a consciência fonológica ou fonêmica à medida que favorece aos disléxicos, disgráficos e disortográficos a percepção da semelhança ou igualdade de sons em palavras próximas.
Na estilística, fala-se em assonância quando do uso do mesmo timbre vocálico em palavras distintas, especialmente no final das frases que se sucedem, pode estar presente na prosa e na poesia. É a repetição ritmada da mesma vogal acentuada para obter certos efeitos de estilo.
Por exemplo, temos exemplo de assonância na frase: ardem na alvorada as matas destroçadas.
Para a intervenção nos casos de dislexia, apontaríamos a a ludologia como uma prática pedagaógica que favorece a aprendizagem da leitura dos disléxicos, disgráficos e disortográficos.
Na pedagogia, falamos em ludologia lectoescritora como uma esfera de conhecimento que abrange tudo o que diz respeito a jogos e passatempos e brincadeiras infantis com fins de assegurar a aprendizagem das habilidades cognitivas instrumentais como leitura, escrita e ortografia.
Os trava-línguas e a parlenda são exemplos de ludologia lectoescritora.
Estudos que tratam sobre actividades indicadas para a intervenção psicolinguísticas em casos de dislexia, disgrafia e disortografia, assinam que os trava-línguas promovem a consciência fonológica das crianças com dificuldades em leitura, escrita e ortografia.
O trava-língua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente, como: no meio do trigo tinha três tigres. O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia...
Estudos na área da psicolinguística apontam que a parlenda melhora a memorização dos disléxicos, disgráficos e disortográficos.
A parlenda pode ser definida como declamação poética para crianças, acompanhada por música. Especificamente, ocorre parlenda quando os professores ou profissionais que intervêm em casos de dislexia, disgrafia ou disortografia através de rima infantil utilizada em brincadeiras e jogos desde a educação infantil.
Quando crianças na educação pré- escolar, inicio do no processo de aquisição da linguagem, apontam indícios de dificuldades na fala ao trabalharem com trava-língua, parlenda, ou qualquer outro jogo prosódico, serão, no primeiro ciclo, fortes candidatos às dificuldades de ingresso no mundo da linguagem escrita.
Apresentarão dificuldades com enfase na leitura, habilidade cognitiva em que terão que transformar os sons da fala ( fonemas), em signos alfabéticos do sistema escrito da sua língua materna".

domingo, 13 de dezembro de 2009

Acredito...

Acredito:


no potencial de cada um de vós;

Acredito:

que, como eu, também sonham;


que, como eu, conseguem conquistar alguns dos sonhos sonhados;


que, como eu, e para dar colorido à vida, deixam alguns sonhos guardados;

Acredito:

que, por muito má que seja a situação...uma luz há-de brilhar;

que há sempre uma solução...

por muito escondida, por muito que custe encontrar.

Acredito:

que, por muito longo que seja o caminho;

os passos dados são sempre conquistas;

e quero estar lá, para caminhar ao vosso lado.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Regras de Ouro para o Professor(a)


1. Nunca falar para a turma, enquanto não estejam todos em silêncio.

2. Dirigir-se aos alunos com linguagem e voz clara, com certa pausa e expressividade para que percebam o que se diz à primeira.

3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma atitude rara que por vezes é necessária. Não esquecer que os gritos desprestigiam o professor. Ordens como: "Calados!", são inúteis.

4. Jamais esquecer esta regra de ouro: Se basta um olhar, não dizer uma palavra;se basta uma palavra, não pronunciar uma frase.

5. Esforçar-se por manter a presença de espírito, serenidade e segurança. Os alunos notam a mais leve falta de à vontade, insegurança ou excitação do professor. Se isso se prolonga, a aula está "perdida"

6. Não deixar passar "nem uma" e actuar desde o principio. Nada fere mais o aluno e desprestigia um professor que as possíveis "injustiças". É o caso de deixar passar uma falta num aluno e, logo a seguir, castigar outro por uma falta semelhante.

7. Cuidar as atitudes corporais, os gestos, as expressões do rosto e vocais; tudo isso influi positiva ou negativamente nos alunos.

8. Procurar manter o domínio de toda a aula. Mesmo que se dirija apenas a uma parte da aula, deve ter a restante sob controlo. E preciso evitar a todo o custo que um aluno apanhe o professor desprevenido.

9. Não aceitar que os alunos se dirijam ao professor com modos ou expressões pouco apropriadas, como sejam: abraços, palmadinhas nas costas, graçolas, etc. Isto só serve para "queimar" o professor.

10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a ironia malévola. Tem efeitos imediatos, mas consequências desastrosas a longo prazo.

11. Tornar-se acessível ao aluno, colocando-se ao seu nível, mas sem infantilidades nem paternalismos. Falar-lhes com afabilidade, afecto, por vezes com doçura; mantendo sempre uma discreta distância que eles aceitam e até desejam.

12. Se alguma vez acontecer uma situação de conflito (o que deve ser raro e excepcional) com um aluno ou com a turma, procurar o modo de sanar essa "ferida", através de alguma saída airosa, gesto ou atitude simpática. Eles possuem um sentido epidérmico da justiça, mas igualmente uma grande capacidade de desculpar e esquecer agravos.

13. Saber manter o equilíbrio entre a "dureza" e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor deve-se manifestar, apesar de tudo, em todas as circunstâncias; os alunos têm de a notar. A maior parte das antipatias dos alunos têm a sua origem em rostos ou atitudes pouco acolhedoras.

14. A correcção deve ser:a) silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade;b) sossegada: sem perturbação, impaciência ou exaltação;c) de forma a provocar a introspecção do educando: que o aluno contenha os seus impulsos, caia em si e retome o caminho;d) afectuosa: "se quereis persuadir, consegui-lo-eis mais pelos sentimentos afectuosos que pelos discursos" (S. Bernardo).

15. Evitar proferir ameaças, que podem não se cumprir, pelo desprestígio magistral que isso implica.

16. Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e com a certeza de que vamos ser obedecidos.

17. Algumas citações:"São o silêncio, a vigilância e a prudência dum mestre que estabelecem a ordem numa escola e não a dureza e a pancada" (VITOR GARCIA HOZ).

"...a escola terá um pouco de sanatório, de biblioteca e de claustro, o que quer dizer que estará mergulhada em silêncio. Um silêncio que não será interrompido pela voz do professor, nem por campainhas1 nem por exercícios de piano... Um silêncio todo penetrado de actividade intensa, de vai-e-vem na ponta dos pés, de cochichos discretos e de alegria contida. Este silêncio supõe todo um conjunto de condições: mobília apropriada, motivos de actividade para estimular o trabalho da inteligência, e um professor omnipresente, mas invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL).

"Evitar a "expressão sem vigor, sem clareza, nem exactidão" (Platão), por ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA HOZ).

"E preciso cultivar bem as palavras, com sossego para que saiam resistentes como alicerces; e no mestre cristão ainda mais, porque ele pretende fazer obra para a eternidade" (V. GARCIA HOZ).

"A criança não praticará seriamente a virtude, se não conseguirmos tornar-lha amável e sedutora" (JOSEPH DUHR).

"Contribuem muito para suscitar o interesse e, em consequência, a atenção da criança, a personalidade e as atitudes mentais do professor. As atitudes e emoções são muito contagiosas. O professor entusiasta, alegre e animado, costuma ter alunos atentos e interessados. A primeira condição da aprendizagem interessante é que o professor reflicta nas suas atitudes e actividades em grau suficiente de simpatia e entusiasmo"(AGUAYO)Fonte: http://professor.aaldeia.net/disciplinanasaulas.htm

sábado, 31 de outubro de 2009

Jogos para todos.

Pelo jogo podemos levar os alunos a descobrir formas diferentes de trabalhar os mesmos conteúdos, espero que estas ideias sejam proveitosas:)
"Almeida, agrupou os jogos da seguinte forma:
1. jogos de interiorização de conhecimento:
2. jogos de expressão e interpretação, e valores éticos.
3. jogos de raciocínio – resolução de problemas, soluções criativas e lógicas.
Os jogos de expressão, interpretação e interiorização de conteúdo, desenvolvendo a inteligência, enriquecendo a linguagem oral, a escrita e a interiorização de conhecimentos, libertando o aluno para uma maior participação ativa, criativa e crítica no processo de aprendizagem.
Cabe ao professor ou profissionais de educação, após a leitura e análise, adaptar e ajustá-los a sua turma ou a quem vai ser aplicado. Dependendo de cada faixa etária. Trata-se de jogos que podem ser aplicados em todos os níveis de ensino.
Os jogos de inteligência - resolução de problemas, soluções criativas e cálculo - possibilitando ao aluno o desenvolvimento de suas potencialidades e intelectuais, como a flexibilidade para estabelecer relações com o seu meio, contexto e sua vida.
É importante que, além desses jogos os profissionais de educação criem outros, bem como investigue e analise antes de sua aplicação e que seja bem preparado para serem executados.
SUGESTÕES DE JOGOS QUE PODEM SER APLICADOS NA SALA DE AULA E NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.MODELOS DE ALGUNS JOGOS.
“O mestre pode ser ponte, mas a travessia é feita pelo aluno”. (Sant’ Anna, 1997)-
JOGO: LOTO O jogo de loto pode ser adequado a muitos conteúdos diferentes, bastando apenas que sejam feitas as adaptações necessárias.
Este é apenas um exemplo para que o profissional tome como base e poderá confeccionar com os alunos também, para ser aplicado.
A aplicação, de acordo com o conteúdo pode ser feita para qualquer faixa etária.
Objectivos:Trabalhar regras e limite•
Trabalhar a criança e o jogo (ganhar e perder)•
Trabalhar conceitos matemáticos (divisão e áreas do retângulo)•
Planeamento espacial•
Incentivar o gosto pela pesquisa.
MATERIAL NECESSÁRIO:Uma folha de cartolina por grupo•
Lápis preto•
Canetas hidrográficas•
Tesoura•
Régua
ESTRATÉGIAS: Cada grupo deve dividir uma folha de cartolina em rectângulo, losângulo, enfim em peças iguais.
Essas deverão ser divididas em 6 partes.
Em cada parte, por exemplo, podem ser escritas perguntas ou nomes que se queira relacionar.
À parte fazem–se pequenos cartões, nos quais se escrevem as respostas das perguntas ou as palavras relacionadas ao cartão.
Sorteia–se, e os jogadores terão de assinar nas cartelas a resposta correspondente.
Esta actividade pode ser programada e anunciada antecipadamente para que os alunos tragam material de pesquisa para a confecção dos jogos.
Para os jogos de alfabetização, a professora precisa trazer grande parte do material já pronto, para que as crianças apenas pintem, recortem e colem figuras.
Todos os jogos devem ser selecionados antes da sua aplicação dependendo dos assuntos que deve ser aprendido.-
JOGO ORTOGRÁFICO
OBJECTIVOS:•Fixar conteúdos;
Desenvolver espírito de cooperação (o trabalho em equipe favorece esse desenvolvimento)•
Trabalhar regras e limites•
Trabalhar a criança e o jogo (ganhar e perder)•
Desenvolvimento da atenção e concentração•
Desenvolvimento do raciocínio e da motricidade.
MATERIAL•Uma folha e meia de papel-cartão por grupo de alunos•
Tesoura•
Cola•
Canetas hidrográficas•
Lápis de cor•
Um dado.
ESTRATÉGIA: divide–se a classe em três ou quatro grupos.
Cada grupo deve confeccionar um jogo, que será trocado depois para que cada uma jogue com o jogo feito por outra equipe.
Podem–se determinar cores diferentes para as equipes, ex:equipe verde, amarela, azul, etc. PaO JOGO
Com a folha inteira de papel cartão monta-se o tabuleiro.
Esta poderá ser cortada em três ou quarto partes para facilitar o seu transporte e poder guardar.
No tabuleiro será montada uma trilha com ponto de partida e de chegada.
Quanto mais sinuosa a trilha, mais elementos podem ser colocados, tornando o jogo mais emocionante. O caminho deve ser dividido em pequenas partes e enumerado em ordem crescente. Em diversos pontos do percurso colocam-se obstáculos. Ex: no número sete, pinta-se o espaço deste número de cor diferente, portanto, que parar aí terá de cumprir uma tarefa. As tarefas são indicadas em pequenos cartões, onde são colocados pontos de dificuldades ortográficas como palavras com z, ç, ss, s, g, j, x, ch, etc.
Exemplo: -
Coloque a letra certa no espaço: G ou J ou trás dificuldades Com G ou J : Via....em Via... ar
Via... ei....
Cada cartão de tarefas deverá conter três palavras para serem completadas corretamente. Em caso de erro,outra pessoa pode responder, ganhando com isso avanço de cinco casas com seu peão, e o que errou retrocederá o mesmo número de casas.
Desse modo prossegue o jogo e ganha quem atingir o primeiro ponto de chegada. Os peões podem ser feitos com papel cartão, formando pequenos cones.
REFERÊNCIAS ALMEIDA, Paulo Nunes de. A Educação Lúdica: Técnica e Jogos Editora Loyola, 2000.ALVES, Rubens. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo:
Cortez BENJAMIM, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. 3 ed. São Paulo: Sumus, 1984.BORIN, Júlia. Jogos Resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática, São Paulo, l995.
CHATEAU, Jean. O Jogo e a Criança. Editora São Paulo, 2001.------- Competência e habilidades: elementos para uma reflexão pedagógica, São Paulo, Instituto de Psicologia,USP,1999.
FIGUERÔA, Marilene Lins. O lúdico na educação. Doutoranda pela UDE, universidade de La Empresa, Montevidéu-
UY.FONSECA. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Editoras Artes Médicas, 1995.FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e Terra, 1996. .FURTH, Hans G; e outros. Piaget na Prática Escolar: Criatividade no Currículo Escolar: Editoras Vozes, 1999. Ima,GARCIA, Jesus Nicasio. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2001.Publicado em 27/10/2009 12:11:00Dulcila Mª B. Chastinet Guimarães - Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia e de Jovens e Adultos, Capacitadora de Cursos de Formação de Professores das séries iniciais, Coordenadora e Consultora Educacional de Escolas Publicas e Privadas, Docente de Cursos de Avaliação da Aprendizagem e suas Complicações, Orientadora de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem.

retirado de...

http://educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com/2009/10/o-uso-do-jogo-na-intervencao.html

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Apostando no número mais alto!


Estou de coração aberto para te acolher,

de mente alerta para te proporcionar o melhor,

de olhos atentos para te conhecer,

apostando tudo para te conduzir pelas ruas, ruelas, caminhos e atalhos da vida.

Vamos caminhando juntos de olhar posto no horizonte dos sonhos .

E...

apostando em ti, sempre!
Acreditando que tens o teu valor,
o teu lugar.

Esperando que o mundo se entranhe em ti e que tu te dês ao mundo, que conquistes os teus espaços, os teus afectos.

Que sejas acolhido e que aprendas a desculpar, mas que a desculpa não sirva de desculpa para não avançar, não fazer diferente...não actuar.

Que aprendas a dizer sim e também a dizer não...

Grande tarefa a nossa não é?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Começar de novo:)


E já está...

de novo navegando...

em águas desconhecidas,

mas que a pouco e pouco...

começam a acalmar.

Conhecer novos alunos,

novos problemas,

novas formas de estar.

E...mais uma vez...o barco parece à deriva...

quem conduz estas crianças...

que tipo de respostas lhes dão para a vida?

E aqui, deste cantinho...que quero mais colorido...

vou criando um espaço...onde os sentimentos se libertem...

e deixem espaço...para a descoberta.

Espero conseguir...

sábado, 12 de setembro de 2009

Discurso de Obama para os estudantes.


"Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes."


retirado de " Sexualidades, afectos e Máscaras" (obrigada professor Manuel Damas)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Viagem...


A nossa viagem continua...

de momento os caminhos estão separados.

Os percursos paralelos...

Mas quem sabe se um dia,

estarão de novo cruzados?


Que cada um encontre o melhor para si.

Que não se desfaça do encantamento da descoberta.

Que o coração não se feche,

e que a mente esteja sempre aberta.


Bom ano lectivo para todos.


sábado, 20 de junho de 2009

Desejo...


Que continuem a descobrir o Mundo...

que o tentem melhorar a cada momento que passa...

que o respeito que merecem...chegue depressa...

que aprendam a respeitar...sempre....

que o caminho que escolherem...seja o melhor para cada um...

que o vosso esforço seja recompensado...

que acreditem...sempre ...que o que querem...o que desejam...é conquistado...nada, mas, nada nos é dado gratuitamente...

que saibam sorrir...

para que a vida vos sorria de volta.

São horas...

Soa a hora da despedida...
hora de fazer balanço...
hora que marca o fim de um percurso...
príncipio de um outro trilho.
São horas...de dizer...
que continuo a acreditar...
que o mundo tem espaço... tempo e lugar...
para Todos.
São horas ...de deixar...e de permanecer.
No meu coração permanecerão todos os que cruzaram o meu caminho.
São horas ...de escrever...
Gostei de partilhar convosco este espaço, este tempo,
estas horas, este momento.
São horas...de vos dizer...
que vos desejo...
horas felizes...
Imagem: aluna da EE trabalhando a noção de horas e minutos. ( Nádia)
Texto: Navegadora

terça-feira, 2 de junho de 2009

Aceitar e ser aceite.


Aceitar o outro...aceitar-me a mim.

É ver na diferença a força que faz evoluir.

É sentir que todos temos o nosso espaço, o nosso tempo, o nosso momento.

É acreditar no potencial inesgotável de cada um.

É deixar que o sonho nos transporte para a realidade.

É acolher, gostar de respeitar, sentir que mesmo o que não entendemos...pode ser explicado...basta ouvir os argumentos de quem está do outro lado.
Texto: navegadora
Imagem: aluna de EE participando no encontro com escritora.

domingo, 24 de maio de 2009

Pintar o Mundo Colorido ou Não!

Pincel na mão,
tintas e papel...
aqui vou eu colorir o Mundo.
Azul será, se me apetecer...
mas pode ser branco, se me esqueçer, que por vezes a preto tenho que pintar...
Não gosto que me digam o que devo fazer...
o Mundo é meu... quero que me obedeça!
Mas, que confusão...todas estas cores...
vão explodir na minha cabeça!
Acabou...não quero mais...vou embora,
daqui p`ra fora!
Texto: Navegadora
Imagem: trabalho de aluno de EE ( Daniela)

criAr.

AtrAvés dA letrA vou ter À pAlAvrA...
vou criAr o Mundo À minhA mAneirA.
Procuro o sentido pArA o que me escApA.
Quero dominAr a técnicA certeirA.

MAs depressA escApA o que me ensinAm...
e o pensAmento foge bem certeiro...
Quero sentir outrA vez o Ar...
Quero passeAr pelo meu recreio.

VoltA pensamento...
AgArrA A letrA, A que se diz À!
FicA com elA pArA sempre presA,
Não fujAs agorA ...que estou quAse lÁ!

Texto: Navegadora
Imagem: Trabalho de uma aluna de EE( Vanda)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Prestações Mensais por deficiência ou dependência.


O Diário da República publica a Portaria n.º 511/2009, de 14 de Maio, que fixa os montantes das prestações por encargos familiares, bem como das prestações que visam a protecção das crianças e jovens com deficiência e ou em situação de dependência
No artigo 5.º, relativo às prestações por deficiência e dependência, lê-se:1 — Os montantes mensais das prestações previstas no Decreto -Lei n.º 133 -B/97, de 30 de Maio, na redacção que lhe foi dada pelos Decretos -Leis n.os 341/99, de 25 de Agosto, e 250/2001, de 21 de Setembro, no âmbito do regime geral de segurança social e do regime de protecção social da função pública, são os seguintes:a) Bonificação por deficiência:€ 59,48, para titulares até aos 14 anos;€ 86,62, para titulares dos 14 aos 18 anos;€ 115,96, para titulares dos 18 aos 24 anos;b) O subsídio mensal vitalício é de € 176,76;c) O subsídio por assistência de terceira pessoa é de € 88,37.2 — Os montantes mensais da bonificação por deficiência e do subsídio por assistência de terceira pessoaprevistos no Decreto -Lei n.º 160/80, de 27 de Maio, naredacção que lhe foi dada pelo Decreto -Lei n.º 133 -C/97, de 30 de Maio, no âmbito do regime não contributivo, são de valor igual ao fixado no número anterior para as correspondentes prestações.
A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009.

In" Incluso"

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mãe


É trazer no regaço as sementes do afecto,
É saber acolher, dar colo, aconchego,
É amparar as quedas,
É curar as feridas,
É abrir as mãos e deixar voar,
É amor...
É amar...
É ter o coração aberto...
É aceitar...
É ver os múltiplos caminhos da vida a serem desbravados...
É continuar a sorrir...
É acreditar no futuro.

Texto: Navegadora

foto: trabalho do dia da mãe da D. ( aluna de EE)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

As palavras sentidas fazem mais sentido.

Sinto que vais ficar feliz...pois escrevi para ti.

Atento...

Atento sigo ...
o caminho para mim traçado,
outros me empurram...
gosto deles ao meu lado:)
O calor humano...
faz o frio esqueçer,
aqueçe-me o coração,
o que atento estou a ver:)

Texto: Navegadora
Foto: Miguel e colegas na visita à tapada de Mafra.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Cá como lá...os mesmos problemas...os mesmos alertas...até quando o grito silencioso?


(...)"As necessidades especiais podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas.

Deste universo, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças, na educação básica, sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia.

Entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional, especialmente a de educação especial.

A dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou visão normais e de serem oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privação de ordem doméstica ou cultural.

Encontramos disléticos em famílias ricas e pobres.

Enquanto as famílias ricas podem levar o filho a um psicólogo, neurologista ou psicopedagogo, uma criança, de família pobre, estudando em escola pública, tende a asseverar a dificuldade persistir com o transtornos de linguagem na fase adulta. Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a dislexia seja uma doença da classe média, exatamente porque, os pais conseguem diagnosticar a dificuldade e partir para intervenções médicas e psicopedagógicas.

No âmbito das instituições de ensino, relatos de professores registram situações em que crianças, aparentemente brilhantes e muito inteligentes, não podem ler, escrever nem têm boa ortografia para idade. Nos exames vestibulares, as comissões executivas descrevem casos "bizarros" (às vezes, motivo de chacotas) em que candidatos apresentam baixo nível de compreensão leitora ou a ortografia ainda é fonética (baseada na fala) e inconstante.

Assim, urge a realização de testes de leitura nas escolas públicas e privadas, desde cedo, de modo a diagnosticar e avaliar a dificuldade de leitura.

Por trás do fracasso escolar ou da evasão escolar, sempre há fortes indícios de dificuldades de aprendizagem relacionadas à linguagem. Nos casos de abandono escolar, em geral, também, verificamos crianças que deixam a escola por enfrentarem dificuldades de leitura e escrita. A dispedagogia, isto é, o desconhecimento por parte dos professores, pais e gestores educacionais, do que é a dislexia e suas mazelas na vida das crianças e dos adultos também só piora a aprendizagem da leitura de seus alunos.

Infelizmente, a legislação educacional (CF, LDB, resoluções etc) não trata as diversas necessidades especiais dos educandos de forma clara, objetiva, pragmática e programática.

Sua omissão tem de certa forma dificultado ações governamentais por parte dos gestores, do professor ao secretário de educação. A Constituição Federal , por exemplo, ao tratar sobre a educação especial diz: " O dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializada aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino"(Artigo 208, III, CF). E perguntaria ao leitor: uma criança, com dislexia, isto é, com dificuldade de ler bem, é um portador de deficiência? Claro que não. A Lei 9.394/96, a de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, apresenta uma melhor redação sobre a matéria. Diz assim: " O dever do estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino" (Art. 4º, LDB). Melhorou e, em muito, porque faz referências às necessidades especiais. Nesse caso, chegamos, por dedução ou exegese jurídica, à conclusão de que a dislexia é uma necessidade especial. Mas qual a natureza dessa necessidade especial? Por exclusão, diríamos que uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro-vascular (AVC).

Ser disléxico é condição humana.

O disléxico pode, sim, ser um portador de alta habilidade. Daí, em geral, os disléticos, serem talentosos na arte, música, teatro, deportes, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se descarta ainda que venha a ser um superdotado, com uma capacidade intelectual singular, criativo, produtivo e líder. O disléxico pode, também, ser um portador de conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e lingüística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais, idéias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar, avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo, sua natureza, é um dever do Estado e da Sociedade e um direito de todas as famílias com crianças disléxicas em idade escolar.


Vicente Martins Graduado e pós-graduado em Letras pela UECE com mestrado em educação pela UFC. Professor, na área de Letras e Educação, com dedicação exclusiva, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará. E-Mail: vicente.martins@uol.com.br Home Page: http://sites.uol.com.br/vicente.martins/
MARTINS, Vicente. Dislexia e educação especial. Pedagogia em Foco. Fortaleza, 2001. Disponível em: . Acesso em: 14 de Abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

Permanentes...


Permanentes são constantes...
permanecemos só até ao ponto em que não estamos prontos para partir,
à descoberta...do outro...de nós,
de nós no outro.

Permanente, seria... se o espírito não avançasse...
não se libertasse...se o conhecimento não entrasse em nós e não bebêssemos do que a vida nos dá.
Espero que o permanente...seja passageiro.
Como devem ser todas as permanências. Passageiras!
Para nos descobrirmos todos os dias!

Texto: Navegadora
Imagem retirada da net.

terça-feira, 31 de março de 2009

Indisciplina na Escola

A indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar.
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
"As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou. Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores. No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa...'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'. Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.'
A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.'
Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.'
Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
Texto e imagem retirados da net

sábado, 28 de março de 2009

Recursos...

Mais recursos para alunos com NEE e não só...
http://www.junior.te.pt/servlets/Jardim?P=Historias
http://edespecialpascoa.idanha.googlepages.com/programamulti.swf
http://www.cercifaf.org.pt/mosaico.edu/ca/index_ca.htm
http://www.estarconsigo.com/
http://www.oddcast.com/home/demos/tts/tts_example.php?sitepal
http://www.oddcast.com/home/demos/tts/tts_example.php?sitepal
http://palavras28.no.sapo.pt/
http://lerescrever.no.sapo.pt/index.htm
http://www.meddybemps.com/letterary/guide_and_archives.html
http://e-livros.clube-de-leituras.pt/index.php

Matemática

http://www.mathplayground.com/math_manipulatives.html
http://www.eb1-recovelas.rcts.pt/aplicacoes/geoplano/geoplano/geoplano.htm
http://www.oswego.org/ocsd-web/games/SumSense/sumdiv.html
http://ares.cnice.mec.es/matematicasep/colegio/calculadora.html
http://web.educom.pt/pr1305/mat_calculo_mental.htm
http://www.malhatlantica.pt/fisicaequimica/jogos/numeracao_romana.htm
http://cbtic.iec.uminho.pt/TICGeometria/tangram.htm
http://www.arcademicskillbuilders.com/
http://www.educacao.te.pt/cultura_lazer/index.jsp?p=31

Estudo do meio/ ciências

http://www.domingosnotransito.pt/domingos.htm
http://seginfantil.no.sapo.pt/
http://nonio.fc.ul.pt/recursos/ciencias/activ_exp_capa.htm
http://www.mocho.pt/
http://nautilus.fis.uc.pt/cab/
http://web.educom.pt/escolovar/ciencia.htm

Música

http://web.educom.pt/escolovar/musica_jogos.htm
http://emeastic.googlepages.com/jogosmusicais2

Genéricos:
http://gcompris.net/-pt-

quinta-feira, 26 de março de 2009




Sindroma de Asperger

O Síndroma de Asperger é uma perturbação do desenvolvimento que se situa na área do espectro do autismo.


Gillberg(1988) cita os seguintes critérios para o seu diagnóstico:
1. Incapacidade severa na interacção social reciproca e no jogo, inaptidão social com os pares ou comportamento social inadequado caracterizado por indiferença e egocentrismo;
2. Padrões de interesses circunscritos (estes envolvem na maioria das vezez uma excelente memória visual e auditiva) com a exclusão de outros interesses;
3. Rotinas (uma determinada maneira de fazer as coisas);
4. Atraso no desenvolvimento da linguagem. Linguagem formal e pedante (uso concreto e peculiar da linguagem, interpretação concretas e literais;
5. Expressão não verbal pobre;
6. Boa reacção a ambientes estruturados e predictíveis com regras claras e simples impostas de forma clara;
7. Aprendizagem facilitada pela instrução directa.
8. Memória visual e auditiva "apurada";
9. Desajeitados e com descoordenação motora;
10. Falta de espontaneidade na exploração de situações novas;
11. Bom desempenho de puzzles;
12. Boas competências em termos expressivos que por vezes encobrem ou ddisfarçam défices de compreensão.13. Maior interesse em livros do que ina informação verbal;
13. Défice no interesse social pelos outros ;
14. Uso da comunicação para a satisfação das necessidades e não em conteúdos comunicativos.
As pessoas com SA têm problemas de linguagem em menor escala do que as classificadas como autistas, falam mais fluentemente e não têm dificuldades de aprendizagem tão marcadas. Têm normalmente inteligência (Q.I.) média ou mesmo acima da média.
Muitas crianças com SA não são diagnosticadas como tal. São muitas vezes referidas, pela família e professores, como estranhos, excêntricos, originais, diferentes, extravagantes ou esquisitos.

As suas principais dificuldades situam-se :
1. na comunicação;
2.no relacionamento social;
3. no pensamento abstracto.
Algumas características dos portadores de Síndrome de Asperger:
• Ausência de amigos;
• Pouca preocupação em ter amigos durante a infância;
• Inadequação social e emocional;
• Pouca empatia, a não ser que se explique que se deve envolver.
Principais interesses:
• Exclusivos;
• Padrões repetitivos;
• Mais memorização mecânica do que compreensão no aprendizado;
• Desenvolvimento atrasado da fala;
• Dificuldade de compreensão, apesar da linguagem “perfeita”;
•Rotinas impostas sobre ele mesmo ou sobre outros.

Com o apoio adequado e motivação apropriada, em casa e na escola, podem fazer excelentes progressos, ter sucesso, e mesmo continuar os estudos ao nível universitário e arranjar um emprego.
Texto e imagem: retirado da net

terça-feira, 24 de março de 2009

Visita.

Visito e estudo,
o Mundo que me rodeia.
Quero conhecer, mesmo não conseguindo entender.
Porque não posso tocar?
Porque não posso mexer?
Brinquedo antigo...
tanta história para contar.
Ai, quem me dera,
que pudesses falar.
Texto: navegadora
Foto: Aluna de EE em visita ao museu do brinquedo. (Catarina)

Palavras...escritas com amor.

Palavra que me deixa,
palavra que me foge,
palavra que me confunde.
Palavra que ri para mim,
palavra que eu escrevo,
assim:)

Foto: Trabalho para o Pai executado por uma aluna de EE.( Filipa)
Texto: Navegadora

terça-feira, 17 de março de 2009

Já sei escrever...

Assim, traço aqui, risco acolá...
fui ficando mais segura,
e de repente apareceu o P de Pai,
o M de Mãe,
O D de Daniela que ficou Barrigudo,
o U de urso que é muito peludo.
E pronto...já sou bem crescida,
já sei escrever.
Que grande alegria!

Mas... que grande SUSTO...agora tenho tanto, mas tanto traço para fazer!
Foto: aluna de educação especial a escrever as primeiras palavras. ( Daniela)
Texto: Navegadora

quarta-feira, 4 de março de 2009

Dificuldades na Matemática

Os efeitos das dificuldades de aprendizagem na matemática são diversos e vão além da área académica específica pois podem estar interligadas com a atenção, a impulsividade, a perseverança, a linguagem, a leitura e a escrita.
Quando o aluno se distraí com estímulos irrelevantes a sua dificuldade pode estar centrada na Atenção selectiva.
Se se cansa facilmente quando se tenta concentrar; faz pesquisas curtas; trabalha com demasiada rapidez e comete erros por descuidos; não usa estratégias de planeamento; frusta-se facilmente; conceptualiza bem mas é impaciente com detalhes; executa cálculos imprecisos; desatenção ou omissão de símbolos, a dificuldade pode estar na incapacidade de controlar a
Impulsividade.
Quando consegue resolver os problemas num dia, mas no outro não mas é capaz de grande esforço, quando motivado a sua dificuldade está relacionada com a Consistência.
Se não examina o trabalho; não consegue indicar as áreas de dificuldade; não lê previamente as provas, a sua dificuldade está centrada nos mecanismos de Automatização.
As dificuldades estão mais centradas na Linguagem/Leitura quando: a linguagem oral ou escrita se processa lentamente; não consegue nomear ou descrever tópicos e tem dificuldade em descodificar símbolos matemáticos.
Revela dificuldades na Organização espacial quando: tem dificuldade na organização do trabalho na página; não sabe sobre qual parte do problema centrar-se; tem dificuldades ao representar pontos; perde as coisas; tem dificuldades para organizar o caderno; tem pouco sentido de orientação.
Podem existir dificuldades nas habilidades grafomotoras quando faz o alinhamento dos números inapropriados; copia incorrectamente; necessita de mais tempo para completar um trabalho; não consegue ouvir enquanto escreve; trabalha com mais correcção no quadro-negro do que no papel; escreve letra de forma em vez de letra cursiva; produz trabalhos sujos, rasurados, tem ineficaz domínio do lápis ou escreve com os olhos muito próximos do papel.
Se a dificuldades está mais centrada na Memória o aluno não memoriza a tabuada de multiplicar; apresenta ansiedade perante os testes; não usa estratégias para o armazenamento de informações; pode recordar apenas um ou dois passos de cada vez; inverte sequência de números ou letras; tem dificuldade para recordar sequências de algoritmos, estações e meses, etc.
Quando a dificuldades está na Orientação no tempo o aluno tem dificuldades em trabalhar com as horas; chega muito cedo ou muito tarde à aula; tem dificuldades em ler o relógio analógico.
Se a Auto-estima está afectada o aluno acredita que nem o maior esforço irá levá-lo ao êxito;
nega a dificuldade; é muito sensível a críticas; opõe-se ou recusa ajuda.

Imagem: aluno da educação especial trabalhando com materiais específicos para a aprendizagem da matemática. (João)

informações retiradas da net
Texto retirado do livro: Manual de Dificuldades de Aprendizagem - Jesus Nicasio Garcia - Ed. Artmed. pg: 224 e 225.
Discalculia.

Discalculia não é uma doença.
Nem é necessariamente uma condição crónica. O nosso corpo e mente dão forma a um equilíbrio dinâmico que se adapta às novas situações.
As habilidades cognitivas de um aluno podem progredir além de seu diagnóstico original. Os estudantes podem ter uma vida normal fora das dificuldades matemáticas específicas, embora os problemas frequentemente tendam a remanescer com eles na vida adulta.
É importante compreender que as avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto, um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos.
Fazer um diagnóstico é um conceito médico.
Antes que um diagnóstico positivo da discalculia seja feito, causas tais como o ensino inadequado ou incorreto, os problemas com visão, audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas devem ser eliminadas.
Um diagnóstico final (completo) não pode ser feito antes que a criança esteja aproximadamente 10-12 anos de idade. No entanto isto não deve fazer parar com o trabalho correctivo apropriado antes dessa idade. Embora nós não possamos estar certos sobre a natureza exacta de suas dificuldades, é necessário começar imediatamente o trabalho correctivo.

Imagem: Aluno de EE trabalhando com a matemática e sua aplicação prática.(Flávio)

Texto retirado da net, traduzido e adaptado do livro: What is dyscalculia? Dr B. Adler, 2001, pg 23 - 25.

terça-feira, 3 de março de 2009

Trago o sonho pela mão...


Trago no coração toda a esperança do mundo...
e na pontas dos dedos...
a esperança de construir...
o meu futuro...
texto: navegadora

Imagem: foto de aluna da educação especial a executar contagens enquanto faz treino de motricidade fina. ( Daniela)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sonhadores ou desatentos?

Para se diagnosticar um caso de Défice de Atenção/ Hiperactividade (DDAH) é necessário que o aluno apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperactividade: Os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.

Alguns sintomas relacionados a desatenção:

  • não prestar atenção a pormenores;

  • ter dificuldade em permanecer atento;

  • não prestar atenção ao que lhe é dito;

  • ter dificuldade em seguir regras e instruções;

  • desviar a atenção com outras actividades;

  • não acabar a tarefa iniciada;

  • ser desorganizado;

  • evitar actividades que exijam um esforço mental continuo;

  • perder material e objectos importantes;

  • esquecer compromissos e tarefas.

  • esquecer-se do pequeno almoço ou do que comeu nessa refeição;

Sintomas relacionados a hiperactividade/impulsividade:

  • remexer as mãos e/ou os pés quando está sentado;

  • não permanecer sentado por muito tempo;

  • pular ou correr excessivamente em situações inadequadas;

  • ser barulhento em actividades lúdicas;

  • ser muito agitado;

  • falar em demasia;

  • responder às perguntas antes de concluídas;

  • ter dificuldade de esperar sua vez;

  • intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.


Estratégias que podem ser usadas em sala de aula:


• Usar recursos e formas de apresentação não habituais - os alunos com distúrbio de atenção adoram novidades;

• Ensinar mnemônicas, quadras, dicas, rimas;


• Dividir as tarefas por fases - isso possibilita ao aluno vislumbrar que a tarefa PODE ser terminada;

• Elogiar o aluno com frequência, durante a realização da tarefa, incentivando o seu término;

• Utilizar metodologia preferencialmente visual, uma vez que os alunos com esse distúrbio aprendem melhor dessa maneira.

Crianças sonhadoras?


"Dois e dois quatro,
quatro e quatro oito,
oito e oito dezasseis…Repitam!
Diz o professor.
_Dois e dois quatro,
quatro e quatro oito,
oito e oito dezasseis.
Mas eis que o pássaro da poesia,
passa no céu,
a criança vê-o,
a criança ouve-o,
a criança chama-o:
_Salva-me, brinca comigo pássaro!
Então o pássaro desce,
brinca com a criança.
_Dois e dois quatro…Repitam!
Diz o professor,
e a criança brinca,
e o pássaro brinca com ela…
_Quatro e quatro oito,
oito e oito dezasseis,
e dezasseis e dezasseis quanto é que faz?
_Dezasseis e dezasseis não faz nada,
e sobretudo não faz trinta e dois,
e de qualquer maneira,
eles vão-se embora.
A criança escondeu o pássaro na sua carteira,
e todas as crianças ouvem a música,
e oito e oito por sua vez também se vão,
e quatro e quatro e dois e dois por sua vez desaparecem,
e um e um não fazem nem um nem dois
um e um também se vão dali.
E o pássaro da poesia brinca,
e a criança canta e o professor grita:
_Deixem de fazer palhaçadas!
Mas todas as outras crianças escutam a música,
e as paredes da sala desmoronam-se tranquilamente.
E os vidros voltam a ser areia,
a tinta volta a ser água,
as carteiras voltam a ser árvores,
o giz volta ser falésia e a caneta volta a ser pássaro."

Tradução de José Fanha

Sitios para consultar...

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/126/normas_orientadoras.pdf


http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/771/Unidades_Autismo.pdf

Testemunho…

Todos precisamos de ser acolhidos…
De ser pertença…
De ter alguém…que nos fortaleça, nos mostre pistas.
Que nos ajude a descobrir a emoção e a difícil tarefa de entender o Mundo…
E quando não somos capazes?
E quando a tarefa é maior do que a capacidade do momento?
E quando nascemos diferentes ou criamos resistências que nos bloqueiam as emoções… que nos fecham fronteiras de entendimento…que não nos deixam margem para fazer aprendizagens?
Porque temos direito a descobrir o mundo, cada um à sua maneira, a Educação Especial faz a diferença…acolhe a diferença…vive a diferença!
Mostra que todos somos válidos, que temos potencialidades…que nos entusiasmamos…que gostamos todos das mesmas coisas: carinho; amizade; conforto; de crescer; de caminhar num mundo a descobrir; de ter projectos a realizar…
...e de acreditar que os sonhos se podem concretizar!
Texto: Navegadora

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Acredito...



... que somos capazes, de cada um à sua maneira, construir aquilo em que acredita...
Foto: alunos da EE com máscaras feitas com materiais recicláveis pelos alunos.( João e Flávio)
Texto: navegadora

Especiais...

Somos todos especiais,
únicos no mundo.
Tesouros a descobrir,
esperando alguém,
que tenha a chave certa,
que abra as portas, que fomos fechando,
por medo e insegurança,
que nos faça acreditar, que somos capazes,
que estamos aqui para realizar a nossa história.
Texto: navegadora
Foto: aluna da EE que faz corações para expressar o seu momento de felicidade. ( Daniela)

Ser criança...


Ser criança é confiar...
que há adultos que nos protegem...
que pensam para nós, um mundo de amor.
Ser criança é esperar...
que os adultos façam o seu papel,
que não se esqueçam de nos dizer não,
para que acreditemos no valor do sim.
Ser criança é querer um colo para sair,
uns braços para abrir e abraçar o mundo.
Ser criança é acreditar,
Que se tem pés para caminhar seguro e olhos para descobrir o outro.
Ser criança é querer...
Oportunidade de crescer.
Texto: navegadora
Foto: aluna de EE a trabalhar nos óculos mágicos( Daniela)